uma carta
Querida Menina,
Envio-te esta carta para te dizer algo. O mundo está cheio de cores, traços e linhas que preenchemos à medida que passamos, e esses nunca se apagam, embora possas pintar por cima...
Vivo neste momento, solitário, num tronco apodrecido de uma árvore que nunca pensou vir a ser casa. Nem sempre saiu de lá e nem sempre lá estou.
Deixo-a em busca de estórias que possa viver. Procuro duendes e gnomos que brinquem com as cores, com os traços e com as linhas, que se fascinem por mais um porquê escondido debaixo de uma pedra. (faço-o porque não quero tempo para pensar!) A verdade é que são raros, pelo menos não os vejo muito. O que ainda vejo mais são pessoas. Mas essas não me interessam. Se as arrancares das árvores e as espremeres verás que dão pouco sumo.
Bem sabes menina, que apenas sou solitário nos meus pensamentos, quando atravesso o espelho para o outro lado custa-me ficar sozinho. Ando a treinar-me para sair da minha velha árvore sem nenhum propósito, em busca de nada, mas dou por mim a 2 metros do meu refúgio entre a mata e o matagal e sinto-me estúpido. Não gosto de sair sem dar uso à bússola. Sou assim! Mas como sou eu, e eu não sou nenhuma pessoa, tenho fé em mim próprio.
Que mais te posso dizer neste entretanto?
Ando a fantasiar com momentos e cada vez mais preciso de correr nos meus sonhos.
Como sabes não gosto de estar parado...
Ainda não estou bem. Mas estou bem melhor.
Beijos
Envio-te esta carta para te dizer algo. O mundo está cheio de cores, traços e linhas que preenchemos à medida que passamos, e esses nunca se apagam, embora possas pintar por cima...
Vivo neste momento, solitário, num tronco apodrecido de uma árvore que nunca pensou vir a ser casa. Nem sempre saiu de lá e nem sempre lá estou.
Deixo-a em busca de estórias que possa viver. Procuro duendes e gnomos que brinquem com as cores, com os traços e com as linhas, que se fascinem por mais um porquê escondido debaixo de uma pedra. (faço-o porque não quero tempo para pensar!) A verdade é que são raros, pelo menos não os vejo muito. O que ainda vejo mais são pessoas. Mas essas não me interessam. Se as arrancares das árvores e as espremeres verás que dão pouco sumo.
Bem sabes menina, que apenas sou solitário nos meus pensamentos, quando atravesso o espelho para o outro lado custa-me ficar sozinho. Ando a treinar-me para sair da minha velha árvore sem nenhum propósito, em busca de nada, mas dou por mim a 2 metros do meu refúgio entre a mata e o matagal e sinto-me estúpido. Não gosto de sair sem dar uso à bússola. Sou assim! Mas como sou eu, e eu não sou nenhuma pessoa, tenho fé em mim próprio.
Que mais te posso dizer neste entretanto?
Ando a fantasiar com momentos e cada vez mais preciso de correr nos meus sonhos.
Como sabes não gosto de estar parado...
Ainda não estou bem. Mas estou bem melhor.
Beijos